sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sobre ver e enxergar

Sobre as minhas últimas postagens, ou até 99% delas serem sobre coisas profundas: é porque eu amo coisas profundas.

Acho tão estranho alguém conseguir passar pela vida, pelos sonhos, pelas vontades, pelas pessoas, apenas vendo, em vez de enxergá-las... Mas quem é que nunca fez assim, não é mesmo?
Eu só quero que isso não dure, que o futuro se cure, e que o coração, novamente flutue.

Quero enxergar o sentido nos sorrisos, quero tremer de paixão novamente, e quero poder quebrar a cara com gosto. Mesmo querendo ser sólida e séria, também. É que eu quero mais. Eu quero muito, Eu quero quereres que eu nem sei quais são.

Um sonho que alimente o coração, um amor que acalme e estremeça, ao mesmo tempo, um círculo de amigos fiéis. E só.

Eu quero ver o mundo, mas enxergar os quadros, as cores, as dores, as paixões, os movimentos e, principalmente, os sentimentos. Que o olhar não passe, mas fique, e que as sensações não se vão, mas que virem mais do que memórias: lembranças.

"Where's the soul?"

Tá tudo sem alma.
Não vejo paixão.
Não vejo intensidade.
Não sinto arrepios de verdade.
Não percebo olhares profundos.

Tá tudo sem alma.
Não vejo desejo irresistível.
Não conheço amores se nexo.
Nem gente que transborde.

Mas que chato!

Quero algo que incendeie a alma.
Que chame e puxe feito imã.
Que, de relance, me derreta.
Que me faça valer à pena.

E só.