quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Juízos malditos dos tais formadores de opinião!

Cara, o jornalismo tá na veia mesmo, sem dúvidas! Pela primeira vez me vi inquieta por não ter vindo aqui logo e escrito sobre essa reflexão. Não consegui dormir enquanto não sentei em frente ao computador, às 2h, postar num simples blog!
Bom, ao que interessa... Eu tinha uns assuntos, milhares deles por sinal, mal acabados mentalmente, fisicamente e tal, pra falar, pra tentar resolver. Depois da janta fui pra varanda, e fiquei vendo minha mãe lavar o quintal. Comecei, assim, do nada, a falar com ela sobre tudo e todos os assuntos que eu tinha em mente, desde a aula que foi dada ontem até à paixão platônica de uma amiga por um professor. Comentei sobre o que eu quero fazer no futuro, critiquei muita coisa e muita gente, e achei razão nela, na minha mãe. Ela me ouviu por 2 horas seguidas, eu juro! E eu falei tanto, mas tanto, de todas as novidades, contos, casos e causos, que estou com a garganta seca até agora. Eu sempre gostei disso, de chegar da escola e descarregar todas as informações possíveis em cima dela ou do meu pai, mas ela era o alvo principal. E eu fiquei pensando numa coisa depois disso, matutando. A gente começa a persuadir dentro de casa, com os laços mais fortes, absolutamente sem querer! É incrível como os pais, principalmente, dão razão aos filhos (tá certo que nem todos os filhos são confiáveis, e nem todos os pais burros) independente da situação... Eu, pelo menos, sempre discursei dentro de casa. Discursava pra me defender, pra atacar, pra conviver, mas sempre, sempre pra persuadir ao meu favor. E eu juro que nunca tive a intenção de fazer meus pais estarem ao meu favor, mas só de fazê-los entenderem minhas atitudes. E eles sempre entenderam. E eles sempre me ouviram, às vezes com resistência, mas sempre ouviram o que eu tinha pra dizer. O máximo! Mas agora eu não estou muito feliz com tudo isso. Na verdade, tô até mal! Eu sou uma formadora de opinião. Meu Deus, eu sou uma formadora de opinião dentro de casa! Eu sou um monstro! Hahahaha!

Esses tais formadores de opinião são tão... naturais! São tão essenciais...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Ninguém vive por nós"

É isso aí. Já que temos apenas uma vida, aproveitemos! Li um post no blog de um cara (Felipe - http://presentealimpo.blogspot.com/), muito bom por sinal, falando justamente sobre isso. Aqui está o desdobramento do post. Nossa, viver e refletir são as coisas mais incríveis desse mundo. Tanto uma como a outra são, involuntariamente, essenciais. Viver no sentido de não deixar nada passar, de querer dar ao tempo uma ocupação. Prazerosa, intensa e verdadeira. Sem máscaras, cara, a vida é sua! Jogue tudo pra cima pelo menos por uma vez, grite com alguém alguma verdade que este nunca pensou em ouvir, erre, acerte, mude. Clichê? Não, ué, é a verdade. Sobreviver não basta. Tem que viver. Quanto ao refletir, digo que é mágico. Às vezes a gente se pega pensando em "como seria isso", "Por que eu fiz aquilo?", etc... Involuntário, mas essencial. Adoro dizer: "Hoje me peguei pensando em..." Minha mente é dez. Ela me leva pra onde eu tenho que ir, e eu vou! Pra viver basta atitude, basta querer. Pra refletir, basta estar vivo. Isso tudo porque "ninguém vive por nós". Então, viva.
Valeu, Felipe!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quase Memória

Um livro, pra mim, tem que ter emoção, despertar curiosidade, ser objetivo e claro, etc e tal. A ideia tem que ser boa, mas não necessariamente mirabolante. Bem contada já basta. Tudo isso e mais um pouco faz parte do livro Quase Memória, de Carlos Heitor Cony. Não vou falar muito da história pra não perder a graça (pra quem quiser, um dia, ler), mas o livro é bom. Bom mesmo! O próprio autor descreve o livro como um quase-romance, já que o enredo passa por vários momentos, gêneros. Basicão: o livro é narrado pelo próprio autor, mas contando uma vida espelhada em outra, na de seu pai. A partir das memórias que ele tem do pai, conta as aventuras em que ele se metia, seus sonhos, seu espírito otimista e visionário, sua força de vontade. Legal também pq o livro fala um pouquinho do que acontece na época, tocando no nome de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, com a chegada das TVs para o Brasil, e outras coisas interessantes. A partir do meio do livro, quando o filho recebe um embrulho de um recepcionista do restaurante aonde ele almoçava, a história fica ainda mais legal. O embrulho tinha todas as características dos embrulhos feitos por seu pai: cheiro, letra do bilhete, modo pelo qual o nó foi feito, etc. Detalhe, o pai morrera há 10 anos. Ele leva o embrulho para seu escritório (era jornalista, assim como o pai o fora), e fica horas observando o pacote, imaginando o que teria ali, seu era o pai mesmo quem mandara o tal embrulho, tudo. Mil lembranças passam por sua mente, e a história, quase até o final, é baseada nas lembranças a que o embrulho o remete. Detalhe: ele não abre o tal embrulho. O que ele queria, na verdade, era distrinchar dele todas as memórias possíveis, na verdade, reduzi-lo à QUASE MEMÓRIAS. Não abriu tb pq sentiu que o objetivo do embrulho era simplesmente trazer a ele todas as memórias de uma vida inteira, ou melhor, de duas vidas inteiras. Achei absolutamente interessante, inédito o fato de um filho viver a partir das memórias, atitudes de seu pai, de como ele o vê como herói absoluto da sua vida, e como se sente a platéia mais importante da vida desse pai-personagem.
Frase do pai: "Amanhã, farei grandes coisas!"
Vale à pena ler!