quarta-feira, 27 de maio de 2015

Que o alfabeto não deu conta

Existe uma palavra que eu ainda vou inventar. Ela vai resumir aquela sensação que os “adeus”, os “ficares”, e as indefinições nos dão.

Sabe aquela conversa que não se conclui, os silêncios que não dizem nada do que a gente quer dizer, e os olhares pro nada que não disfarçamos e saem, involuntários? É o que a palavra “tal” seria sinônimo.

Gosto de definições. De “sims” e “nãos”, mas os “talvezes”, ah, os “talvezes”... Acabam comigo! Preciso organizar o que sinto pra conseguir despejar, assim, com clareza e com a sutileza de não te magoar. Mas é que o alfabeto não deu conta dessa palavra que preciso pra fechar minha estória.

De A a Z, perdi. Perdi pra você, pra mim, e até pra esse “nós” que nunca existiu. E assim seguimos, eu fingindo que não to engasgada com o tanto de coisas que queria te dizer, e você fingindo que não sabe o que a “tal” palavra concluiriam, enfim.

Bom, no meu dicionário, quando se falta uma palavra e não há sinônimos pra ela, a gente finaliza a história e vira a página.


The end. 

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