Existe uma palavra que eu ainda vou inventar. Ela vai
resumir aquela sensação que os “adeus”, os “ficares”, e as indefinições nos
dão.
Sabe aquela conversa que não se conclui, os silêncios que
não dizem nada do que a gente quer dizer, e os olhares pro nada que não
disfarçamos e saem, involuntários? É o que a palavra “tal” seria sinônimo.
Gosto de definições. De “sims” e “nãos”, mas os “talvezes”,
ah, os “talvezes”... Acabam comigo! Preciso organizar o que sinto pra conseguir
despejar, assim, com clareza e com a sutileza de não te magoar. Mas é que o
alfabeto não deu conta dessa palavra que preciso pra fechar minha estória.
De A a Z, perdi. Perdi pra você, pra mim, e até pra esse “nós”
que nunca existiu. E assim seguimos, eu fingindo que não to engasgada com o
tanto de coisas que queria te dizer, e você fingindo que não sabe o que a “tal”
palavra concluiriam, enfim.
Bom, no meu dicionário, quando se falta uma palavra e não há
sinônimos pra ela, a gente finaliza a história e vira a página.
The end.
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