quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pessoal e personalizado...

O personalizado vai além do pessoal. Ele não toca você de forma única, ele é feito sob medida pra você. É assim que eu vejo várias coisas. Certas pessoas falam com você de um jeito, e com seu amigo, de outro. Ela deixa de agir de forma pessoal, simplesmente, e passa a ter um conjunto de "coisas" para falar com você. Isso é razoavelmente bom. A gente vai juntando "coisas", informações sobre cada pessoa, sabemos que temos que agir diferente com cada uma delas. E isso é natural, ou pelo menos deveria ser. Às vezes você sabe como "deve" agir, mas alguma "coisa" maior dentro de você te faz agir diferente. E você nem se esforça para controlar a "coisa". Porque, no fundo, você quer isso mesmo. Esta capacidade do ser humano de se adaptar às pessoas, me deixa maravilhada. Talvez, porque eu não consiga sempre. Não suporto ver lambeção de pessoas... Puxa-saquismo... Cinismo... e afins. Tudo bem que todos nós, em certas ocasiões, somos falsos. Temos que ser. Não podemos, simplesmente, chegar para o nosso professor e dizer: - "Cara, que tênis ridículo é esse?"- Nós não fazemos isso, mas queremos. Então, um mecanismo ótimo para estas situações é um olhar fulminantemente personalizado, que mesmo que você diga: - "Nossa, como seu tênis é bonito!" - , você diz - "Vai ser brega assim, lá em casa..."- . As pessoas têm suas formas individuais de personalizarem os seres humanos que estão ao seu redor. A gente cria impressões, mesmo que falsas, de cada um que passa por nós. Por isso, tirei a conclusão que o pessoal vai até aonde a personificação começa. Digamos que o pessoal te atinja de forma particular, e o "personal", de forma única e exclusiva.
Captaram a mensagem?

6 comentários:

Leire disse...

Compreendido! Eu já tinha parado pra pensar sobre por algum tempo. É muito raro encontrar alguém que saiba (consciente ou inconsciente) se manter íntegro.

Não sei, mas talvez o cinismo não esteja relacionado com o "portar-se" diferente para cada pessoa. Às vezes é questão de bom senso. Acho que falar sobre o tênis de um professor não seja um assunto interessante de se discutir na sala de aula - a não ser que seja uma aula com a Sandro. Se alguém perguntar algo a respeito do pisante do cara, não há necessidade de ser indelicado. "Combina com você, professor, mas não é do meu gosto". Tem gente que se surpreende com honestidade!

Ótimo post!
Beijo!

Leire disse...

Errata: "[...]com o Sandro[...]".

Amanda Hora disse...

Por muito tempo confundi essas atitudes naturais com falta de personalidade, mas depois de muito bater cabeça por aí percebi que há uma diferença imensa em se adaptar ao jeito do outro tendo uma convivência boa com todos e ser falsa, no pior sentido da palavra. Também detesto o puxa-saquismo, isso sim me tira do sério ainda.

PS: Muito bom seu blog ^^

Bjo!

Brava'S Idéias disse...

Verdade, Leire, tem hora que certos comentários não devem ser explícitos mesmo...E tem a ver inteiramente com bom senso!
E valeu, Amanda! A gente não deve ( e não consegue mesmo) agradar a todos, mas é bem conveniente se dar bem com todos.
;D
Beijos!

Adriana disse...

captei e até pensei sobre o assunto cabeça. com a vantagem de ser um assunto cabeça 'gente boa' e não 'mala'!

Brava'S Idéias disse...

=D